note to myself

Aquela pessoa que sempre competiu com vocês não deixa de o fazer só porque agora estão mais próximos. Não, essa pessoa pode ter mudado em muitas coisas, mas é quase impossível mudar algo que provavelmente faz de maneira inconsciente. Seja um colega de faculdade com quem não se entenderam ao início e que passava o tempo a comparar médias convosco (mas com quem agora até se dão bem) ou aquela amiga de infância com quem houve uma competição silenciosa pelas roupas, notas, namorados (que com o tempo parece ter desaparecido, do género "era parvo, crescemos e esquecemos isso"). Até com aquele familiar que vos liga para saber novidades, e do outro lado se vai ouvindo a sua voz a subir uma oitava (seguida de um prolongamento exagerado de cada palavra) "ohhhh, a sério! Queee booom". Não, isso é um sinal de que as coisas não mudaram. No fundo essa competição continua.

Vai sempre haver alguém, por muito bem que estejamos com ela, que não fica feliz por nós e nem nossas conquistas, e vai tentar desvalorizar os nossos feitos, sobrepondo os seus. Do género "eu também conseguiria se quisesse", "só faz isto porque teve sorte” ou “eu também cheguei lá mas era mais difícil no meu tempo". Essa pessoa, mesmo inconscientemente, vai tentar colocar-vos no caminho mais difícil e não necessariamente melhor quando lhe pedirem conselhos. Porque não lhes interessa realmente ajudar-vos. E o problema não é quando esses conselhos da treta e competições parvas vêm de pessoas que já temos sobreaviso na nossa cabeça. É quando parte de alguém que já teve esse mesmo aviso na testa, mas que retirámos por nos parecer que esta mudou nos últimos tempos.

3 comentários:

  1. Tal e qual. É bom relembrarmo-nos constantemente disto porque tendemos a baixar a guarda e não pode ser :s

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  2. Vai sempre haver alguém assim, isso é mesmo verdade!

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