tag:blogger.com,1999:blog-18211121368475925232024-02-21T13:15:04.385+00:00solemnly swear that i'm up to no goodmariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.comBlogger131125tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-1950773316931066232015-11-03T22:22:00.004+00:002015-11-03T22:22:58.397+00:00the Essena O'Neill thing<div style="text-align: justify;">
Por esta altura já muita gente deve saber quem é a Essena e o que disse para ser notícia em todo o lado. Já subscrevia o canal dela no Youtube há vários meses, mas para dizer a verdade, não via nem metade dos vídeos que ela publicava porque nem sempre me interessava o que ela fazia. Mas há umas semanas (?) ela publicou um vídeo chamado <a href="https://www.youtube.com/watch?v=zKhlUprSpms" target="_blank">"How people make 1000's on social media"</a> e meu deus, a sério que há pessoas a serem pagas em números tão redondos para, numa foto aparentemente "inocente" postada no instagram, usarem o vestido/biquini de X marca? Não é novidade para mim que bloggers de moda - que fazem de facto carreira disso, como a Chiara Ferragni - estejam sempre vestidas com as peças mais recentes lançadas pelas importantes casas de moda. É promoção, talvez encapsulada sim, mas eu aceito essa parte uma vez que quando escolhi seguir a Chiara no instagram já sabia que mais de metade dos post's (não arrisco percentagens, mas diria que a maioria) iriam tratar-se de publicidade. Mas pessoas normais serem pagas para isso? Apenas por terem um número considerável de seguidores? E quantias tão altas como 400$ por UM post de uma foto sua com um vestido? It blows my mind.</div>
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Em relação à Essena, para além desse vídeo onde expõe o quanto ganhava, ainda colocou outro sobre as<a href="https://www.youtube.com/watch?v=gyI2Sugw6Yc" target="_blank"> razões pelas quais iria desistir das redes sociais</a>. Ao inicio, o que ela contou sobre desde os seus 12 anos a vida dela ter girado sempre à volta de números e do seu aspecto, fez sentido. A primeira rede social onde estive foi o hi5. Se querem falar de números, falem do hi5 porque aquilo era o terror. No vosso perfil à direita haviam umas barras com uns números que basicamente mediam os amigos que tinham, os comentários às vossas fotos haviam, comentários ao perfil, quantas visualizações de perfil tinham tido, quantos fives (que para dizer a verdade, já nem me lembro o que eram) e outras coisas. Aquilo não era mais do que um quantificador de popularidade. Quem tinha mais eram normalmente as pessoas fixes da escola, e claro que isso levava a comparações. No fundo, todos achávamos que se tivéssemos mais comentários, mais amigos e mais fives, mais gente se queria dar connosco, portanto mais populares éramos considerados. Resumindo, sim, era fácil ficar agarrada aos números. Cheguei a ter mais de 1000 amigos nessa rede social, o que era completamente disparatado para a quantidade pessoas que conhecia na vida real, e ainda mais estranho quando penso que hoje em dia no Facebook não tenho nem um terço.</div>
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Considero ainda hoje o Facebook uma rede social fixe porque o tratei de forma diferente do que o hi5: adiciono apenas quem conheço, sigo as páginas que quero ao invés das que "parecem bem" seguir, escolho não seguir aquela prima ou tia chata que só publica spam. Isso resulta num feed bonito, a meu ver. Não me aparece uma foto de um "amigo" que nunca vi na vida, nem tenho que levar com os "bom dia mundo" ou publicações de cortar os pulsos. Bem sei que o Facebook tem grandes falhas e não me dá só o que eu quero/gosto de ver, mas em relação ao hi5 foi uma grande melhoria nesse aspecto.</div>
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Agora, a Essena diz que toda a vida dela girou à volta de números. E que recebeu quantias avultadas para promover determinados produtos online, através do Instagram, tumblr, Youtube... estão a ver aquelas fotografias de uma caneca de chá casualmente pousada em cima de uma mesa com a hashtag "best tea ever" ou hastag "inserir nome do chá"? Segundo o que diz, não é assim tão <span class="link_cinza">desintencionado. Pela minha interpretação, todo o movimento "<a href="http://www.letsbegamechangers.com/" target="_blank">Let's Be Game Changer</a>s" que ela começou tem como objectivo mudar a maneira como as pessoas vêm as redes sociais: nem tudo é perfeito, as pessoas não têm 24/7 aquele aspecto, muitas das fotografias não passam de auto-promoção e o número de seguidores/likes não é algo com que se deva viver obcecado. É no fundo alertar para que as pessoas comecem questionar sobre os conteúdos que lhe aparecem à frente todos os dias. Acho que é uma mensagem forte e, embora não me reveja em muitas coisas na situação dela, admito que passo muitas, demasiadas horas a fazer scroll no Instagram e no Facebook e a ver televisão. Horas que podia aproveitar para aprender algo de novo, ler mais, trabalhar em coisas que gosto. Por isso, obrigada por me abrires os olhos nesse aspecto O'Neill e prometo pousar o telemóvel mais vezes e durante mais tempo. </span></div>
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<span class="link_cinza">Contudo, no final desse último vídeo, escreve "I'm not a purist. I need money for rent and food. If you get anything from my videos or the site pay what it's worth for you on the suport tab". Hum, não. Talvez moralmente não seja muito diferente seguir alguém que ganha quanto maior o número de subscritores tem ou dar-lhe directamente dinheiro. Mas ao querer sair dessa industria também tem de ter em conta as consequências. Se vai deixar de ganhar dinheiro ao trabalhar como modelo nas redes sociais tem que arranjar outra forma de o fazer. Talvez trabalhando num emprego normal? Não há ninguém que não gostasse que lhe pagassem para perseguir as suas paixões. Sem contrapartidas, apenas para fazer o que lhe apetece. Mas isso não é o mundo real e não é algo que aconteça. Em todos os trabalhos há algo que fazes por alguém e és pago por isso. Não acontece alguém se despedir do seu trabalho e continuar a ser pago sem retorno para outras pessoas. E infelizmente, dar a volta ao jogo e denunciar toda uma industria por detrás das redes sociais não me parece ser uma carreira lucrativa.</span></div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-86158188508311749042015-10-04T22:19:00.000+01:002015-10-04T22:19:48.075+01:00agora que já passou é que vou falar<div style="text-align: justify;">
Desde que posso votar (e já lá vão uns anos) fui sempre fazê-lo sem desculpas. Talvez ajude o facto de os meus pais serem pessoas que ligam a política e que falem, talvez demasiado, nesse assunto, mas cresci a achar que as eleições e o acto de ir votar era algo realmente importante. Nem só a nível de estado, mas todas as eleições (para a associação da escola, presidência da universidade...), todas as decisões que dependem do voto de alguém são a meu ver importantes. Não só elegem ou defendem uma posição, como talvez contam para perceber como vai um povo. Se o Kanye West, ou até o Donald Trump, ganharem as presidenciais de 2020, o que diz isso sobre o povo americano? E, apesar de muitas pessoas estarem incrédulas com o facto de o PAF ter ganho sem margem para dúvidas, isso não é um "abre-olhos" para como as pessoas se sentem de facto em relação a quem está à frente do país?</div>
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Votei sempre e nunca votei em branco. Mas esta foi a única vez em que, até ao dia anterior, não tinha a certeza do partido em que iria colocar a cruz. Não me apetecia realmente votar em ninguém e não acho que entre os dois grandes partidos haja uma grande diferença, embora os restantes também não me dêem confiança. Ainda assim votei e não fiquei contente ou triste com o resultado. Não é que não queira saber e seja indiferente. Só acho que o resultado não vai mudar nada. O que aconteceu ao entusiasmo, às pessoas ficarem contentes por um novo ciclo e à esperança renovada num país melhor? Hoje em dia parece que andamos no ciclo eat, sleep, repeat, e resignamo-nos ao que temos. Amanhã vai ser um dia igual aos outros e é quase como se as eleições nem tivessem acontecido. Se o outro partido tivesse ganho haveria o mesmo cenário. Não digo que o necessário seja começar uma revolução para abanar isto tudo, mas bolas, às vezes parecemos zombies a vaguear de um lado para o outro. Votar já é mexer um rabo para decidir alguma coisa, mas ainda assim precisamos de mais. Muito mais.<br />
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(e sobre quem nem sequer vai votar <a href="http://bobbypinss.blogspot.pt/2015/10/mundo-livre.html" target="_blank">esta</a> é também a minha opinião)</div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-22233268105636266492015-09-09T01:07:00.001+01:002015-09-09T01:07:13.540+01:00expectativas<div style="text-align: justify;">
Imaginem que uma pessoa que vocês admiram (podem nem a conhecer e apenas a admirar o seu trabalho, a sua vida ou a sua maneira de ser) anuncia que vem aí uma "mega" novidade, algo sem precedentes, uma coisa em que já estão a trabalhar há imenso tempo, inclusive fazem um coutdown e falam disso sem falar realmente, e depois, quando é finalmente revelado todo o mistério, não é nada de especial e muito menos nos surpreendeu como estavam à espera? É como se vos prometessem o bolo mais delicioso do mundo, para o qual mestres pasteleiros vieram de todo o mundo e juntaram o seu saber para criar tal sobremesa, e no final vos apresentassem aqueles cupcakes que sabem a madalenas com massa açucarada por cima. </div>
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Não é que alguém ou algo me tenha desiludido desta forma nos últimos tempos (tirado a banhada da app do Casey Neistat), mas a sério, a desilusão depois de criada e fomentada uma alta expectativa deve ser das sensações que menos gosto de ter. Não me custa tanto quando sou eu a criar na minha cabeça essa expectativa sobre alguém; essa pessoa não tem a culpa que eu tenha depositado nela tanta esperança em algo fantástico que à partida ela nunca garantiu. É mesmo a publicidade à volta de nada que me chateia, ainda para mais acreditando em geral no que me dizem. </div>
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Posto isto, não me desiludas amanhã, Apple. Naaaaaah, estava a brincar. Não me podia importar menos com o lançamento de um possível telemóvel. O meu ponto é, só gosto de falar das coisas depois de elas acontecerem, depois de as fazer e ou já quando estão num bom caminho. E se antes era um papagaio a espalhar tudo a sete ventos, hoje só falo abertamente de projectos, futuro e presente a uma ou duas pessoas. Se não gosto de falsas expectativas, também não gosto de as criar sobre mim.</div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-52716011702236357072015-09-08T20:10:00.000+01:002015-09-08T20:23:56.317+01:00guess who's back (back, back)<div style="text-align: justify;">
Não sei por onde começar nem tenho as ideias suficientemente estruturadas para que as escreva aqui. Por isso vou escrever um bocado à toa sobre a última semana, mesmo que mais tarde venha a falar mais a sério sobre alguns aspectos. Resumidamente, eu nunca tinha andado de avião e as minhas viagens fora do país limitaram-se a ir a Andorra na viagem de finalistas, o que quase não conta por ser isso mesmo: uma viagem de finalistas na qual fui com mentalidade de miúda parva que ia estar longe dos pais. Nessa não organizei absolutamente nada, sabia para onde ia, com quem ia, quem ia ficar no meu quarto, mas não sabia mais nada. Fiz a mala duas horas antes de apanhar o autocarro (sim, atravessei Espanha de autocarro e foram mais de 12 horas de viagem, whoohoo) e passei uma semana em que a única coisa que sei ainda hoje é onde ficava o meu prédio, as pistas de ski e o bar. O que aprendi ao ir não sei quantos km's para longe foi que talvez tenha passado ao lado de uma carreira snowbordista das pistas azuis (as mais fraquinhas). Não, mas a sério, não houve nada de bom que essa viagem me tenha trazido e ainda fiquei com o sentimento de culpa terrível por não ter aproveitado da melhor forma uma oportunidade que muita gente não tem. </div>
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Esta viagem que fiz a Londres foi, desde o inicio, idealizada por mim, paga com o meu dinheiro e sinceramente, se para o resto da minha vida não puder ir a mais lugar nenhum, fico feliz por já ter visitado este lugar. Londres era a cidade onde sempre quis ir. Culpo totalmente os livros do Harry Potter por isto, e até aos 8 ou 9 anos sabia que esta cidade existia algures, mas pensava que outros lugares, como a estação de King's Cross, eram tão reais como Privet Drive. Depois cresci um bocado e entretanto já sabia que não havia um castelo como no filme algures no Reino Unido, sabia também que a outra estação existia realmente e que, ao contrário do que eu pensava, a maioria das filmagens era feita num estúdio, agora aberto ao público. Apesar dessas "desilusões", a partir dos meus 16 anos começou a febre do all things London. A fase do coleccionar almofadas com a bandeira do Reino Unido, das caixas de arrumação com os estampados do Big Ben e do London Eye e de até usar as frases keep calm and qualquer coisa nas mais variadas alturas. Eu sei que isso é muito parolo e igualmente piroso, mas ainda hoje guardo essas coisas.<br />
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Tudo isto fez com que marcasse a viagem, arrastasse o meu namorado comigo e organizasse tudo desde as reservas de avião, até à estadia e ao que fazer em cada dia. Claro que tive sempre apoio e confirmei cada decisão com quem vinha comigo, mas foi também a única viagem que tive medo que corresse mal, pois pela liberdade que tive a escolher tudo e mais alguma coisa, qualquer escolha errada era também culpa minha. Correu tudo bem. E ainda nem acredito no bem que correu porque marquei a viagem com tanta antecedência que comecei o pensamento estúpido que "às tantas não chego a ir", "vai acontecer alguma coisa e tornar a viagem horrível" ou "vou falhar e desperdiçar tudo isto". Pensei tantas vezes nesses cenários que nos primeiros dois dias nem acreditei que lá estava. E no final, foi tudo tão fixe e tive tanta sorte em ver algumas coisas que vi, que continuo a não acreditar. Todos os dias havia alguma coisa a acontecer que só poderia ter visto se estivesse naquele lugar a essa hora. Coisas que nem eu sabia que iam acontecer. O dia em que escolhemos ir à Tower Bridge foi o dia e a exacta hora em que a abriram. Na primeira loja de comida onde entrámos quem nos atendeu foi um rapaz que namorava com um madeirense e ficou tão contente por nós sermos portugueses que se fartou de dizer "olá" e "obrigado" porque eram as únicas palavras que o namorado lhe tinha ensinado ainda. No hostel onde ficámos conhecemos um argentino super fixe. Se não tivéssemos ido jantar fora naquele dia não íriamos assistir à pior performance de sempre numa noite de open mic (bem, isso talvez não tenha sido sorte). E tantas outras coisas que devia já ter escrito para não me esquecer.</div>
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Cheguei ao fim com a sensação de que vi imenso, doíam-me as pernas e os pés, e todas as horas de sono não eram suficientes. Faltou ver e fazer tantas outras coisas, mas tudo o que queria mesmo, mesmo fazer, foi feito. Obrigada a quem me deu dicas e me ajudou a planear isto, mesmo que indirectamente. Foi a melhor viagem de sempre. </div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-77697694035364200912015-08-12T01:21:00.000+01:002015-08-12T01:49:00.512+01:00these days<div style="text-align: justify;">
Bem, à parte de nos últimos tempos terem soado violinos sempre que escrevo alguma coisa, até têm acontecido coisas boas. Primeiro, fui à minha primeira entrevista de sempre de Vans e calças de ganga (vá, e de blazer num dia de 40º por isso dêem-me um desconto) e sinceramente, matem-se se alguma vez tiver que ir de fato e sapatos que magoam. Sim, eu sei que isso vai acontecer. Mas até lá, deixem-me pensar que sou badass. Enquanto esperava, as pessoas que lá trabalham e foram passando por mim desejaram-me boa sorte, e um senhor até me empurrou para as mãos um pastel de nata ao mesmo tempo que dizia "ora bom dia". Claro que, convenientemente, me lembrei de comer o pastel o mais rápido possível porque devia estar quase a ser chamada, o que resultou em estar de boca cheia quando o entrevistador apareceu. Acho que passei no teste de linguagem gestual nesse momento. Passei em orientação no minuto seguinte, quando o mesmo senhor disse para entrar no gabinete à esquerda e eu virei para a direita. Melhor primeira boa impressão de sempre. Sobre a entrevista em si, correu bem. Não estava nervosa, não disse "tipo" nem "bué", e também não bloqueei. Os senhores também foram simpáticos. Foi fixe. </div>
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Depois o meu cão morreu nesse dia e como não soube lidar com isso, fui ter com o meu namorado a Braga, a cidade onde o future me vai viver. Provavelmente não vai, mas não me importava. Coisas fixes em Braga: tudo menos o tempo que demorei no autocarro que apanhei para lá chegar. Foi preciso ir a Braga para ver os sapatos da Chiara Ferragni (emocion) que por acaso não são muito giros ao vivo. Também andei num dos dias à procura da Spirito para descobrir que ela estava na esquina seguinte. Basicamente, andei à procura dos sítios onde estive há dois anos, como o lugar onde foram as serenatas, para constar que já não sei onde fica nada, exceptuando os lugares onde me sentei para almoçar/ jantar. Boa memória selectiva. </div>
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E por fim, quando voltei a Lisboa ajudei um senhor no metro do Oriente e tenho a certeza que foi daquelas experiências "à filme" que não vão voltar a acontecer-me. Este senhor queria ir para o "Rossio" e ao ouvir isso pensei, pelo sotaque, que apenas falasse inglês, por isso comecei a dar-lhe indicações também em inglês. Como já era um senhor de idade e parecia confuso com as linhas do metro, perguntei-lhe se ele não se importava que fosse com ele o resto da viagem de metro até ao Rossio, já que ficava no caminho para onde eu ia. A meio do trajecto o senhor pergunta-me se posso falar em português porque ele sabia a língua e precisava de treinar, já que em Portugal muita gente lhe respondia em inglês. O português do senhor dava 10-0 ao meu inglês. Justificou que falava devagar porque tinha primeiro que traduzir na sua cabeça o que queria dizer de finlandês para português, e pediu-me para lhe responder também mais devagar pois como era a nossa língua nativa, falávamos muito rápido. Já na Alameda perguntou-me o que eu estudava e contou-me que tinha sido médico e tinha 75 anos, mas que depois de se aposentar tinha tirado o curso de pintor profissional porque sempre o quis fazer. Agora pinta quadros e pelo que percebi, também os expõe por aí. Disse-me que queria mudar-se para Portugal pois a Finlândia tinha um acordo com o nosso país que facilitava essa transição. E no fim, já com o metro a parar no Rossio agradeceu-me a minha ajuda e o facto de ter falado português com ele. Fiquei tão nostálgica com o fechar das portas no metro. É provável que não volte a ver este senhor. Mas aqueles 20 min em que conversámos não me vão sair da cabeça. Aos 75 anos andava perdido numa cidade diferente da sua sem mostras de querer parar. E eu aos 20 e poucos já deito a toalha ao chão demasiadas vezes. Não quero dizer que mudou a minha vida, mas fez-me olhar de forma diferente para estes últimos meses. Nunca tinha acontecido vir a conversar com um total estranho mas ainda bem que o fiz. Se fosse há uns tempos atrás teria tido demasiada vergonha para ajudar alguém, mesmo que o quisesse. Mas no final, a recompensa por perder a vergonha e ter ajudado foi bem maior do que estava à espera. </div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-54800184575175159882015-08-11T19:15:00.002+01:002015-08-12T01:42:00.292+01:00um ano "meh"<div style="text-align: justify;">
O meu aniversário é em Agosto e, não sei se já escrevi por aqui, é em Agosto que começa a contabilização do ano para mim. Não é em Dezembro que vejo o que fiz e o que deveria ter feito, nem faço a lista de objectivos para o próximo ano nessa altura, não, para mim o último mês é em Agosto. Não sei se está na altura de dar o ano por acabado, mas como não deve acontecer nada de extraordinário no tempo que falta, devo dizer que este ano não foi um dos bons. Nem sequer começou bem e eu não consegui fazer com que terminasse da melhor forma. Falhei, ou melhor vou falhar, o maior objectivo que tinha. E estou triste, claro que sim, mas de certa forma ao longo do ano, e principalmente neste último mês, foram-se resolvendo muitas coisas que me mantinham a cabeça a andar a mil. E espero que isso também marque um novo ciclo.</div>
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Aprendi mais neste último ano do que poderia enumerar. De qualquer forma haveria muito que não conseguiria explicar. Sei que o maior apoio que tive foi de quem não tem obrigação de o fazer. E que no meio de todo o desamparo que senti e dos dias em que chorei, nunca estive realmente sem chão. Soube o que era cuidar do meu cão que esteve comigo desde que me conheço como gente e que merecia um final tão feliz como a vida que teve connosco. Sempre pensei que não valia a pena prolongar algo porque não queremos pensar no adeus ou como a nossa vida iria ser diferente, mas só agora soube o que isso implicava. Tive menos filtros a dizer o que penso e entrei em guerras que não foram só minhas, o que me trouxe alguns conflitos. Necessários, mas ainda assim conflitos e discussões que noutra altura teria evitado, mas que chegaram a um ponto em que tudo teve que desmoronar para se voltar a erguer. Duvidei muitas vezes que houvesse alguma coisa para construir e ainda não sei se realmente existe. Também aprendi que me devo esforçar em todas as oportunidades que me vão sendo dadas, mesmo que na altura não me pareçam oportunidades assim tão boas. E por fim, aprendi que para o próximo ano não posso adiar e esperar que alguns assuntos se resolvam por si só: quando não me achar capaz ou não fizer sentido para mim, tenho que falar logo ao invés de evitar essas conversas chatas, adiando-as ao dizer a mim mesma que estou "a pensar" para ganhar algum tempo para perceber o que é melhor. </div>
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Há algumas coisas que ainda não resolvi, como precisar de ter a certeza que estou no caminho certo. Que a profissão ou o trabalho que espero ter é mesmo o que quero fazer, e não algo para o qual fui caindo. Não quero ser mediana em algo quando poderia ser óptima noutra coisa completamente diferente (que a existir, ainda não sei o que é). Também espero parar de correr atrás do prejuízo e começar realmente de novo sem me sentir culpada se deveria estar a fazer outra coisa.</div>
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Este ano não foi bom mas ao reler o que escrevi não me parece assim tão mau porque o pior já passou. Nestes meses sempre que disse "é agora" e me levantei, voltei a baixar os braços. Foram falsas partidas umas atrás das outras. A partir de Setembro vai ser a sério. </div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-67491394437683317652015-07-27T03:14:00.000+01:002015-07-27T03:14:31.460+01:00falta um mês<div style="text-align: justify;">
E a planeadora que há em mim já tem quase tudo distribuído por dias, zonas, vontades e vários cenários, e já fez listas para quase tudo. Sei que estou a ser control freak, mas a verdade é que gosto de planear. Mesmo que depois não cumpra ou haja algum imprevisto, ao menos sei o quão distante estou do plano que tracei e o que posso fazer ou não para compensar. Sei que há quem tenha planos por alto, quem vá sem eles, e quem os faça despreocupadamente e quem os leve ao extremo (eu, eu, eu!). Mas prometo não ser uma chata e não estar sempre a pensar que já devia estar ali ou que só tenho determinado tempo para estar neste lugar. É provável que me vá rir da minha ingenuidade daqui a uns tempos e das horas que planeei, mas acho que pior que isso é ficar com a impressão que não aproveitei tudo o que podia e que não vi algo que queria mesmo ver.</div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-27219731153144619722015-07-24T14:53:00.001+01:002015-07-24T15:00:09.266+01:00currículos<div style="text-align: justify;">
Com o fim do ano (lectivo, vá) começo a pensar na questão dos currículos e entrevistas de emprego. E para dizer a verdade, isso assusta-me como tudo. Acho que muitas das pessoas que conheço (principalmente colegas meus) inflamam o seu currículo até mais não. Por exemplo, se tiveram determinada cadeira em que se dá linguagem X, metem no currículo que são pro nela quando apenas a aprendemos e fizémos uns trabalhos, e chegam ao ponto de colocarem aptidões que não têm apenas porque sabem mais ou menos do que se trata. Eu penso não serão depois apanhados em falso nas entrevistas? E a maior parte das vezes não. Como são pequenos enganos aqui e ali vão passando e arranjando emprego. Por um lado percebo, acho que o fazem por quererem realmente o emprego e por terem medo de passarem para o fundo da lista de selecção por terem menos uma formação ou capacidade do que o colega entrevistado anteriormente. Com a pressão que hoje existe de se ter um currículo impecável desde sempre e cheio de boas referências, ninguém se quer sentir menos do que os outros. Ninguém quer pôr no currículo a referência ao trabalho onde se falhou redondamente ou ao curso que não se concluiu ou se teve uma média miserável. Mas sinceramente, isto de embelezar esse documento é algo que me deixa desconfortável.</div>
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Hoje ao ler <a href="http://observador.pt/2015/07/23/cv-os-seus-erros-fraquezas-podem-garantir-um-emprego/" target="_blank">esta</a> noticia do Observador sobre "um criativo norte americano" que experimentou fazer um currículo "com base nos seus podres, incapacidades erros e falhas", pensei o quão mais fácil para mim seria fazer um currículo assim. No meu currículo eu queria poder falar das cadeiras que tive e no meu nível em cada grupo de cadeiras. Queria dizer que gosto de determinada linguagem e que nesta cadeira fiz este trabalho interessante, invés de nesta outra disciplina, onde estive a marcar passo e a despachá-la à toa. Queria explicar as falhas do meu percurso e do curso onde estive de forma a não esperarem que seja boa numa área apenas porque vem no currículo um 14. Queria colocar que trabalhei numa outra empresa e que me portei mal e desisti antes de acabar o trabalho que tinham para mim. Sem arranjar desculpas para o meu desempenho. E fora a parte profissional que mais lhes interessa, também gostava de mostrar quem sou para além de um curso ou profissão.</div>
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Percebo que Europass seja mais legível e fácil, para não falar de que é mais directo comparar currículos semelhantes do que ter mil e um em formatos diferentes. Mas acho sinceramente o Europass uma treta. Acho que não espelha o que uma pessoa realmente aprendeu e quem realmente é e que por outro lado dá espaço para inventar skills. Claro que isso também depende do grau de honestidade e consciência de cada um e acredito que ninguém que minta desmesuradamente para ter um trabalho não seja desmascarado mais tarde. </div>
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Bem, toda esta conversa e é provável que vá ser uma pussy e acabe por preencher o Europass ou outro formato que toda a gente usa. Mas era bom que fosse normal enviar currículos alternativos.</div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-83852420660030689072015-07-18T01:20:00.001+01:002015-07-18T01:20:12.888+01:00fragmentar<div style="text-align: justify;">
Sempre tive tendência a fragmentar partes da minha vida e isso traduz-se no que partilho online. E, embora adore redes sociais, sinto que preciso de restrições nas mesmas porque há coisas que não vejo mal em partilhar com o mundo, outras que não me importo que os meus conhecidos vejam, algumas que as pessoas de quem gosto podem saber, e por fim, num grupo muito restrito, partes da minha vida que só a mim dizem respeito. </div>
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O blogue é um desses fragmentos. Embora escreva muitos textos pessoais, não me sentiria bem a fazê-lo no mural do facebook ou a falar disso com algumas das pessoas que conheço. Aqui não me conhecem, não sabem a minha identidade e para o que isto conta, também não interessa saber. Por isso no blogue tenho um tipo de à-vontade que espero que dure o tempo em que goste de estar por cá. </div>
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Por outro lado, o meu perfil do facebook é quase terra de ninguém. Vou lá todos os dias por causa do feed de noticias e pelo chat, mas não partilho grande coisa por lá e mudo de foto de perfil (por exemplo) quando o rei faz anos. O twitter segue o mesmo uso do facebook: foi um entusiasmo que começou em 2011 mas que perdeu a piada dias depois. Agora voltei a interessar-me por ele, mas tem a mesma função que o fb: ver os updates das pessoas que sigo. </div>
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Por fim, o instagram. Gostei desta aplicação durante uns tempos, mas aos poucos deixei de a actualizar porque não gostava das fotografias que tirava e estava a tornar-se num daqueles instagrams cheios de palha. Além disso tinha a parte de ter amigos e conhecidos a seguirem-me, o que restringia um bocado as coisas pois não queria partilhar o que fazia ou por onde andava com alguns deles. Foi por isso que criei o instagram com o link no fundo desta página e que ainda está activo (por pouco tempo), o que acabou por não resolver o meu problema pois apenas pessoas dos blogues sabiam da sua existência. Com isto já vou em dois instagrams, e agora tenho um terceiro, ieei! Numa terceira e última tentativa, publico agora num outro instagram. É o primeiro perfil que tenho desbloqueado e que qualquer pessoa pode ver abertamente porque pensei "fuck this shit". Desde que eu goste, não vou estar restringida ao que quero ou não mostrar e não vou distribuir fotografias pelo instagram pessoal ou pelo do blogue. Vai tudo para este. Quem quiser seguir-me de neste novo deixe o seu nos comentários. Vou seguir algumas pessoas que já seguia no outro, por isso se virem um pedido de uma miúda com um username começado por R (que não é o meu primeiro, mas sim segundo nome) it's me. </div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-7847292057546168202015-07-17T01:42:00.000+01:002015-07-18T01:26:47.470+01:00marieistat<br />
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Se disser que, numa semana, vi todos os vídeos que existiam num determinado canal do youtube, provavelmente vão pensar que não tenho mais nada para fazer. And you are right, nessa semana não tinha, mas mesmo que tivesse, os vídeos eram realmente interessantes e eu ia vê-los como quem não consegue parar de comer um pacote de bolachas. Antes de mais, desde que comecei a ver vídeos no youtube, há um padrão que noto seguir: descubro (por vezes de forma totalmente aleatória) um canal, vejo um vídeo, se gostar mesmo muito do mesmo passo a ver outro, e se continuar ao mesmo nível, é quase certo que nas semanas seguintes corro todo o conteúdo desse mesmo canal. Até escreveria sobre cada um dos canais que têm essa característica, mas por agora quero falar do <a href="https://www.youtube.com/channel/UCtinbF-Q-fVthA0qrFQTgXQ" target="_blank">Casey Neistat</a>. </div>
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Já mostrei os seus vídeos ao meu namorado, ao meu irmão, a praticamente todos os meus amigos, e como fiquei sem pessoas com quem falar disto, vim para aqui partilhar também. O Casey é youtuber/film maker/snapchater e recentemente, daily vlogger. Na altura que encontrei o canal ele não fazia vídeos diários (como desde há cento e poucos dias), por isso, quando acabei a maratona de vídeos da sua autoria, fiquei com aquela sensação de vazio que se tem quando se acaba um livro ou uma série muito boa. Até que, há uns meses atrás, foi publicado um novo vídeo ao qual bati palminhas ainda antes de saber do que se tratava (isto porque ele publicava esporadicamente, às vezes nem chegava a um vídeo por mês). Era precisamente <a href="https://www.youtube.com/watch?v=gnHCw87Enq4" target="_blank">este</a> vídeo, a anunciar que iria começar a fazer vlogs diários. E a partir daí até hoje ainda não falhei um único vídeo.</div>
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<a name='more'></a><br />
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O Casey era aquela pessoa que eu contrataria para fazer o vídeo do meu casamento (se eventualmente um dia me tornasse milionária e pudesse contratar alguém com a fama que ele tem). Era o film maker que eu queria que fizesse um vídeo sobre Portugal, só para ver isto do seu ponto de vista. Só porque sabia que ele iria surgir com algo brilhante, engraçado, parvo, craaaazy e ao mesmo tempo, com conteúdo. Não consigo explicar concretamente, mas o estilo de filme dele é reconhecível em qualquer lado quando nos habituamos. Tão reconhecível que há quem (em vão) o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=BDeEKfybpFQ" target="_blank">tente imitar</a> ou procurar "inspiração" (Jacks*coof*Gap) no que ele produz. Escreveria mais sobre quem o Casey é, mas em vez disso vou fazer uma espécie de lista dos melhor que ele fez, porque é através do seu trabalho que o mostra.</div>
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<li style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="watch-title " dir="ltr" id="eow-title" title="A Love Story 8 Years in the Making"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=V6Y-ahQFQDA" target="_blank">Draw My Life</a> - primeiro que tudo, este vídeo. Num resumo, o Casey foi um miúdo problemático que engravidou a namorada aos 16 anos, foi pai aos 17, viveu numa roulote e trabalhava como lavador de pratos para se sustentar e à sua família. A partir daí até chegar onde está hoje só posso dizer que o filme fala de todas as partes e que é uma história inspiracional.</span></span></li>
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<li><span style="font-size: small;"><span class="watch-title " dir="ltr" id="eow-title" title="A Love Story 8 Years in the Making"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=L13644A5z2w" target="_blank">My Kid and Me</a> - o Owen é o filho do Casey. Este vídeo é sobre aquela altura em que os filhos se afastam dos pais, mais ou menos quando se entra na bonita (not) fase da adolescência. A maioria dos pais que conheço encolheram os braços nesta altura e esperaram que passasse. O Casey levou o filho a Machu Pichu.</span></span></li>
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<li><span style="font-size: small;"><span class="watch-title " dir="ltr" id="eow-title" title="A Love Story 8 Years in the Making"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZFMa_kAANGE" target="_blank">Crazy German Water Park</a> - ainda sobre "as aventuras do Casey e do Owen", este é o vídeo mais visto do canal. Nem o Casey percebe muito bem porquê. </span></span></li>
</ul>
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<li><span style="font-size: small;"><span class="watch-title " dir="ltr" id="eow-title" title="A Love Story 8 Years in the Making"></span></span><span style="font-size: small;"><span class="watch-title " dir="ltr" id="eow-title" title="My Girlfriend Candice"><span style="font-weight: normal;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=dALypGk3xbI" target="_blank">My Girlfriend Candice</a></span> - <span style="font-weight: normal;">não é um filme sobre a Candice, a mulher do Casey. É O filme! Não, agora a sério, antes de verem os próximos dois, esta é a história de amor que têm de ver. Não é mostrada de uma forma super lamechas em que se ouvem os violinos atrás. É sobre uma viagem e uma reconciliação. </span></span></span></li>
</ul>
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<li><span style="font-size: small;"><span class="watch-title " dir="ltr" id="eow-title" title="A Love Story 8 Years in the Making"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=kfIc944bSJ8" target="_blank">A Love Story 8 Years in the Making</a> - <span style="font-weight: normal;">vi um número infinito de vezes e chorei copiosamente na maior parte delas. As histórias de amor são sempre bonitas mas esta, por ter o Casey e a Candice como protagonistas, é ainda melhor.</span></span></span></li>
</ul>
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<li><h1 class="yt watch-title-container" style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: normal;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Z7iBD9l4FUU" target="_blank"><span style="font-size: small;"><span class="watch-title " dir="ltr" id="eow-title" title="Marriage Confession">Marriage Confession</span></span></a></span><span style="font-size: small;"><span class="watch-title " dir="ltr" id="eow-title" title="A Love Story 8 Years in the Making"><span style="font-weight: normal;"> - sei que é o terceiro vídeo que acaba por ter a Candice como protagonista, mas é também um dos meus vlogs preferidos porque se vê um outro lado dela como profissional e pessoa (e a atitude da Candice de zero fucks given é sempre priceless).</span></span></span></h1>
</li>
</ul>
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Acho que deveria ter posto mais diversidade na minha lista, mas estes são realmente os meus preferidos. Podem ainda ver o anúncio que fez para a <a href="https://www.youtube.com/watch?v=WxfZkMm3wcg" target="_blank">Nike</a> (que foi o primeiro vídeo que vi dele), ou este para a<a href="https://www.youtube.com/watch?v=wM2KDQskhHA" target="_blank"> Mercedes</a> e ainda para a <a href="https://www.youtube.com/watch?v=t9qxT8wI-0I" target="_blank">J. Crew</a> (que ensina a viajar em com estilo); a<a href="https://www.youtube.com/watch?v=n1HYdsbgYMA" target="_blank"> homenagem ao Steve Jobs</a> ou até este vídeo de <a href="https://www.youtube.com/watch?v=bzE-IMaegzQ" target="_blank">serviço público</a> sobre as pistas de bicicleta em Nova Iorque. Gosto também dos seus vídeos de "do it yourself", mas admito que doí um bocado ver uns <a href="https://www.youtube.com/watch?v=HoGa9HOdczQ" target="_blank">RayBan</a> a serem customizados desta forma, ou uma <a href="https://www.youtube.com/watch?v=M6bdpR_3HCU" target="_blank">mala nova</a> a ser pintada para que não se perca mais tempo no aeroporto. Por fim, para as pessoas sensíveis a nível de equipamento fotográfico, podem não ver<a href="https://www.youtube.com/watch?v=ddL-ycOksHM" target="_blank"> isto</a> como um improvement, mas sim como um atentado. Eu acho que até ficou melhor assim. </div>
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Neste momento, e desde há um ano e tal, a actividade enquanto film maker ficou em standby pois o Casey, que tem já trinta e quatro anos, decidiu criar uma nova empresa. Empresa essa que ninguém sabia do que se tratava até há cerca de um mês atrás, depois de ele ter revelado que se ia chamar <b>Beme</b> e tinha como objectivo criar uma aplicação mobile para partilha de fotos e vídeo com o mesmo nome. Ninguém (oficialmente) sabe ainda no que vai consistir e que se forma vai ser diferente ou semelhante às aplicações que já existem para esse efeito. Os vlogs diários foram a forma mais brilhante e eficaz de publicidade que vi nos últimos tempos. Como todos os dias vemos a sua equipa, o seu local de trabalho e ouvimos falar do que vai ser (o que demorou meses a ser revelado e ainda não sabemos nada em concreto) a expectativa aumentou e quando a aplicação for lançada, adivinhem quantas pessoas a vão descarregar a mesma. Para além disso, com os vlogs ainda mostrou outros aspectos da sua vida ao mesmo tempo que continuou a fazer vídeos (o que sempre foi o seu dream job antes desta empresa). Se gostam de Nova Iorque ou já tiveram a sorte de a visitar, vão matar saudades em cada um dos seus vlogs e até descobrir coisas que só uma pessoa que lá vive há anos sabe.</div>
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Comecei a escrever isto há uns meses e obriguei-me a acabar o texto porque, ao que tudo indica, a aplicação deve ser lançada para a semana. E tenho quase a certeza que vai ser viral, porque para além do Casey há outras pessoas envolvidas nesse projecto (como a Karlie Kloss, o Jerome Jarre, FunForLouis, etc). Provavelmente vai ser tão conhecida um dia como o instagram ou o facebook. Eu tenho grandes expectativas sobre isso. Entretanto, gostava que mais gente conhecesse o Casey antes do boom que vai ser daqui a uns tempos. Gostava que vissem a pessoa que esteve por trás de algo que ninguém sabe em concreto o que vai ser mas que deve ser grande. Para além disso, se querem procastinar, nada melhor do que ver uma pessoa que não o faz, com o bónus de aprender alguma coisa em qualquer vídeo. Nem que seja sobre o que é uma hoverboard.</div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-28803078467929693262015-07-16T00:18:00.002+01:002015-07-16T00:18:33.207+01:00dear july<div style="text-align: justify;">
À semelhança dos últimos anos, não tens sido o meu mês preferido. És, também por minha culpa, o mês mais chato, desmotivante e triste de todo o ano. Ainda tenho exames, trabalhos e discussões para fazer, e Agosto parece logo ali, falta só um último esforço, mas nunca fui boa a arranjar motivação quando só faltam um bocadinho. Pensei que este ano fosses diferente, Julho, e tinha grandes planos para ti. Mas não faz mal, tentamos para o ano. Vais, invariavelmente, ser sempre um mês difícil mas não é por tua culpa. Sendo o meu aniversário em Agosto, é durante o teu mês que faço os balanços do que planeei e fiz durante os dez meses anteriores e acabo por descarregar em ti as frustrações do que não correu da melhor forma. </div>
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Sei que nem sempre nos desprezámos desta forma. Eras o mês da festa da terra, onde durante três dias queria ficar a dançar até à última música. O mês da "semana lúdica" e do "verão em acção". O mês onde a rotina era ver os desenhos animados de manhã, dar voltas de bicicleta e andar de baloiço até nos chamarem para jantar. Mas Julho, não foste só tu que mudaste. A festa já não é a mesma e à meia noite quero vir embora pois não há nada para fazer. Já não existe "semana lúdica" e se existisse também não tinha idade para participar. A minha bicicleta está a apanhar pó há meses. Ainda ando de baloiço mas até isso me fez ficar tonta da última vez. E eram essas coisas que te tornavam especial. Adicionado ao facto de seres um mês em que, inexplicavelmente, ainda tenho trabalhos e exames, fazem com que sejas o mês que eu desejava que nem existisse. </div>
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<br /></div>
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Boa sorte a tentares mudar isso, ainda não é tarde. Qualquer coisa, até para o ano. </div>
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<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: x-small;">(uma carta a Julho, porque apesar de tudo ainda temos o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=XU84JaHkWjM" target="_blank">Letters to July</a>)</span></div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-13261520600502065332015-07-11T00:08:00.002+01:002015-07-11T00:08:48.870+01:00apetece-me bater-te Primor<div style="text-align: justify;">
Há uns tempos atrás não acreditava em "compras online". Ainda não acredito no que diz respeito a roupa. Mas quanto a maquilhagem, venha ela! Ainda para mais quando existem lojas espanholas fofinhas que têm produtos que a) nunca chegam cá, b) têm uma diferença de preço que chega a ser metade para o mesmo produto comprado cá. A minha paixão imensa, coisa mais linda é a Primor. Tem as marcas de que mais gosto, os preços são bons, entregam em casa... Mas o amor acabou com a última encomenda A máscara de pestanas que encomendei vem com um defeito qualquer e não retém o rímel na embalagem, de forma a que a escova vem cheia, atolada com rímel, de tal forma que mal se vê a escova em si. Ao reportar este defeito, quais são as opções que a loja me dá? Mil e quinhentas, menos a que queria. Primor, não, eu não quero o dinheiro de volta. Não quero um vale. Não quero outro "exemplar". Quero mesmo outra máscara, de outro modelo, que custa o mesmo, estás a ver? De tantas opções, porque não contemplas essa. Como karma por me complicares a vida levas com uma reclamação em espanhol traduzido no google tradutor. Eu percebi a tradução, por isso não há desculpas para não perceberes. Além disso no final até me justifico "El
español no es mi lengua materna, por lo que no es comprensible que
puede escribir una queja en Inglés o Portugués" por isso, não quero desculpas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(voltei a meter a tradução no google, agora de espanhol para português e a tradução deu "<span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="hps">Espanhol não é</span> <span class="hps">a minha língua materna</span>, por isso é <span class="hps">compreensível que</span> <span class="hps">você não pode escrever</span> <span class="hps">uma reclamação</span> <span class="hps">em Inglês ou Português</span></span>". Nem eu percebi. Devo ficar preocupada? Devia ter dito só, está estragado pá! resolvam lá isso)</div>
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<br /></div>
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<a href="http://media.giphy.com/media/jYyIyfb9OsCt2/giphy.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.giphy.com/media/jYyIyfb9OsCt2/giphy.gif" height="224" width="400" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;"> Exactamente o que aconteceria se usasse a minha máscara nova.</span></div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-56188343778232148832015-07-06T05:08:00.002+01:002015-07-06T07:00:45.705+01:00o texto mais longo de sempre que precisava de escrever<div style="text-align: justify;">
Esta foi a semana em que acordei com lágrimas nos olhos por um sonho que tive. Os meus sonhos são maioritariamente parvos, daqueles têm piada quando acordo mas que passados cinco minutos já me esqueci. Mas este... foi triste pela pessoa com quem sonhei e pelo sonho em si.<br />
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Há uns quatro anos afastei-me irremediavelmente de um amigo próximo, do meu melhor amigo. Não foi daqueles afastamentos naturais, porque as pessoas já não têm tanto tempo para estar juntas ou mudaram e já não têm tanto em comum. O meu foi um afastamento porque teve mesmo que ser assim, não me sentia segura, era pressionada constantemente e mais importante que isso, estava a fechar os olhos para algo que acontecia há anos e que nunca quis ver. <br />
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Conheci o meu amigo no 5º ano. Foi da minha turma até ao 9º, sempre foi meu amigo desde os primeiros dias de escola e era aquele miúdo excêntrico que contrastava com todos nós por ser nórdico, loiro, de pele clara e gostava de coisas que a maior parte de nós não ligava e nem sabia que existia. Lembro-me que levava sempre sandes de um pão super esquisito com coisas dentro ainda mais esquisitas, o que pode não parecer diferente, mas para nós, miúdos da terra que almoçavam sempre na cantina ou no bar, trazer o almoço não era comum. Mas lá por ser diferente em tantas outras coisas de nós, não era por isso que era colocado de lado ou visto como um weirdo. Pelo contrário, toda a gente se estava a lixar para a sua excentricidade e aceitava-o assim. Durante todo o tempo de escola sempre foi "one of the boys", gostava de jogar futebol e passava o tempo com eles. Mas na viagem de autocarro para casa vinha sempre connosco, raparigas. Era aquele amigo que dava conselhos, ajudava no que fosse preciso e participava nas nossas conversas. Hoje conheço muitos rapazes que o fazem, mas na altura era só ele que era assim. O resto achava que as miúdas eram apenas namoradas, e não amigas. E, não sei explicar de outra maneira, mas pelo menos para mim, era o rapaz em que eu não tinha qualquer interesse para além de amizade. E mesmo essa amizade era silenciosa, das que não damos conta no dia-a-dia mas de quem iríamos sentir uma falta enorme se algum dia não estivesse lá. <br />
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<a name='more'></a>Andámos juntos cinco anos na escola e eu sei que ele gostou de mim nos últimos três. Nunca me disse mas mostrava-o de formas subtis. Todos os anos no dia dos namorados oferecia uma rosa a cada uma de nós, e minha era a única que tinha um papel a dizer "com amor". Por isso eu sabia, os meus colegas sabiam e diziam-me, mas eu quis ignorar porque não estava interessada e porque sinceramente, era (e de certa forma ainda sou) uma pita que não lidava com as coisas e achava que se não se desse importância, que a coisa incómoda acabava por desaparecer. Por isso, amigos como sempre durante anos e anos. Até que no Verão antes de me mudar para a cidade ele se chateou comigo por uma coisa idiota, pelo menos para mim, e deixámos de nos falar. Ou melhor, ele deixou de falar comigo e eu fui uma cobardolas com medo de ouvir umas quantas verdades e não pedi desculpa nem fui atrás. E assim se passou um ano inteiro até que um outro amigo meu, sabendo tudo isto, foi falar com ele e resolveu as coisas por mim. Long story short voltámos a ser amigos.<br />
<br />
Quando voltámos a falar fiquei chocada com o quanto ele tinha mudado. No ano que não nos falámos ele também mudou de escola e, embora sempre tenha sido parecido com o Kurt Cobain fisicamente, a vida dele também estava a aproximar-se do seu sósia. As histórias dele eram sempre do mais louco que já tinha ouvido e para mim, a sempre-em-casa que nunca tinha fumado nem bebia, o que ele fazia estava um bocado acima da vida louca que eu imaginava ser possível ter. A personalidade dele também estava diferente. No fundo era o mesmo miúdo, um bocado mais cabeça no ar e inconsequente, mas ainda assim, era o meu amigo. E eu estava contente por o ter de volta e por ele próprio me querer a mim de volta porque no ano em que estivemos afastados tinha sentido a sua falta. Sei que muita gente diz isto, mas ele estava presente incondicionalmente. Por muita treta que fizesse, mesmo quando estava triste, quando não tinha tempo, estivesse na minha vida quem estivesse, ele era o meu melhor amigo. Devia ser a amizade mais estranha de sempre pois as nossas vidas não podiam ser mais diferentes. Ainda assim, não havia um dia que não falássemos. Nas férias ficávamos todos os dias a falar ao telefone até às tantas da manhã. Não estávamos juntos muitas vezes porque vivíamos longe, ainda assim íamos beber café aos domingos de manhã quando eu voltava à terra. E para uma pessoa como o meu amigo que só se levantava à tarde da cama, vejo agora o esforço que ele não deveria fazer. Parecia ser a melhor amizade de sempre, só que por de trás de toda a sinceridade e tudo mais havia um grande elefante azul do qual eu evitava falar e tentava reprimir a todo o custo: o meu amigo ainda gostava de mim. E a dança era mais ou menos assim: amigos até que ele dizia que sentia alguma coisa e que devíamos "tentar ver", seguido por mim a afastar-me e erguer paredes altas à minha volta com uma janelinha no cimo para espreitar. E esta última analogia até foi ele um dia que me disse. Eu nunca senti mais do que amizade. Ao contrário de muitas outras burrices que fiz, nunca lhe dei esperanças e não disse que íamos tentar. Porém, já estive do lado dele e sei que é difícil desistir de algo de que gostamos. Quando, para ajudar à festa, a outra pessoa até gosta de nós e está tão próxima, só não da maneira que nós queríamos. Percebo que ele tentasse. Mas eu não ia mentir a mim mesma nem anular-me só para fazer o meu amigo feliz. Não ia tentar uma coisa que nunca senti. E o que acontecia sempre depois de uma tentativa era um afastamento entre nós porque eu tratava o que ele sentia "a mais" por mim como uma constipação, passa um tempo e melhora. Ele não ver esse afastamento reprimia o que sentia como se tivesse realmente curado e voltávamos a estar próximos.<br />
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Sobre a vida do meu amigo em si, eu nunca o julguei. Ele contava-me tudo o que fazia e eu só lhe dizia que devia ter cuidado. Uma vez disse-lhe que devia deixar de fumar porque lhe fazia mal e ele deixou. Por uns tempos pelo menos. Sobre bebedeiras e afins, achava piada às histórias que ele me contava e pensava que durante a adolescência somos todos um bocado parvos, por isso até era normal, depois ele atinava. Não eram coisas me via a fazer, experimentar talvez, mas fazer aquilo diariamente não. Ele dizia-me que a primeira vez que eu fumasse não iria ser com ele porque não queria ter essa responsabilidade. Muito ao género de "eu faço isto, mas é muito hardcore e faz mal, por isso se o fizeres tu é que sabes mas não vou ser eu a dar-te um cigarro". Mais tarde percebi que isso é coisa bonita de se dizer, mas que na hora é o primeiro a estender qualquer coisa. E foi isso que lixou tudo. Eu só conhecia a parte boa, dos telefonemas, cafés ao domingo, festas na terrinha... Nunca tinha vivido o outro lado das histórias, o de ele ser um idiota quando estava sobre a influência de alguma coisa, do querer lixar-se a ele mesmo porque sim, porque é fixe estar sobre efeito de alguma coisa a experimentar cenas. Bastou uma semana para ver o quão assustador pode ser. Uma semana para eu própria deixar de romancear sobre aquela vida que ele levava e para não querer aquilo para mim. Nem experimentar sequer. E embora só me tenha afastado definitivamente meses depois, foi aí que tive o primeiro abre olhos de que o meu amigo já não era o puto de 9º ano que corria atrás de uma bola nos intervalos e se sentava ao meu lado no autocarro todas as manhãs e todas as tarde. <br />
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Eu acho que não se deve obrigar a alguém para mudar por nós, até porque não há uma maneira certa de viver. Ninguém me garante que se fizer tudo by the book que vou ter uma vidinha cor-de-rosa e não vou acabar por magoar alguém ou a mim mesma. Por isso, e embora já não achasse piada nenhuma ao que ele fazia, continuavam a ser as escolhas dele. Se ele se sentia bem com isso, o que eu poderia fazer era afastar-me dessa parte da vida dele e continuar a ver só o lado bom, do amigo, dos cafés ao domingo. O que aconteceu foi que a outra parte da vida dele era tudo o que ele conhecia agora. Era tudo o que ele falava. E com a minha entrada na faculdade cada vez tinha menos tempo para ficar ao telefone horas e horas e mais ele exigia para que falássemos, mais reclamava atenção e sinceramente, menos eu achava que a devia dar. Amuava e eu ia atrás, explicar-lhe que as coisas tinham mudado e que apesar de tudo, ainda o estimava pelo amigo que era. E por fim, num desses amuos que ele teve, afastei-me.<br />
<br />
Desde essa altura enviou-me uma mensagem meses depois, todo bem-disposto como se tivéssemos falado no dia anterior. Uns dois anos depois, enviou-me outra com um número que eu não conhecia, do género "adivinha quem sou eu". E no ano passado, num jantar de turma que se organizou, sentou-me mesmo à minha frente e enviou-me uma mensagem a meio do jantar que dizia apenas "pazes?". Pazes. Três anos depois e era isto que tínhamos para dizer um ao outro. Mas sinceramente, três anos (há um ano atrás) fizeram com que eu não quisesse saber. Gostava de justificar as minhas razões, dizer-lhe porquê. Mas ao contrário das relações, quando se quer romper com uma amizade porque já não faz sentido, já faz mais mal que bem, diz-se o quê? E depois, tenta-se construir tudo de novo? A outra pessoa em quatro anos mudou outra vez? Se num ano mudou para o que eu vi, o que lhe fizeram quatro? Pelo que vi nesse jantar pareceu-me uma pessoa melhor. Estava com muito melhor aspecto e parecia feliz. Do que foi falando com outras pessoas, porque nunca falámos directamente, tinha finalmente atinado e estava a estudar noutro lugar. Fiquei feliz por ele, mas a mossa de anos anteriores, o meu orgulho e medo de conversas incómodas fez com que não falasse com ele, nem lhe respondesse à mensagem. Passou mais um ano sobre isso e às vezes penso que deveria ter falado, apenas para fechar o assunto e sermos aquelas pessoas que se cruzam e trocam um sorriso pelas boas memórias, sabendo que tudo o resto está partido e não há nada a fazer. Só que sei que se tivesse falado com ele era provável que voltássemos a ser amigos porque já foi assim da outra vez. E eu não quero voltar a sentir a ansiedade e pressão que sentia, nem a preocupação pelas semanas em que não sabia se ele estava ou não bem porque nem ele próprio sabia o que andava a fazer e não respondia às mensagens porque perdia o telemóvel pelo menos uma vez por mês.<br />
<br />
No meu sonho eu tinha ido visitá-lo a uma casa onde ele estava com a namorada. E no sonho falei com ele, expliquei-lhe que não podemos ser amigos porque ele se tinha tornado numa pessoa de quem não gosto. E disse-lhe que às tantas não sabia se o que nos tinha unido era realmente a amizade ou o facto de ele ter gostado de mim. Perguntei-lhe se tinha deixado as merdas todas onde estava metido. No sonho disse-me que não, e que conseguiria deixar. E que compreendia as minhas razões. E depois acordei com um nó no peito e a chorar. Foi um sonho tão estupido que veio do nada. Mas ao mesmo tempo, era o que eu lhe queria ter dito. Sei que o tempo para o fazer já passou e não quero voltar a desenterrar tudo isto, até porque estou bem assim e tudo isto tem um espaço arrumado na minha cabeça. Acho que ele também está melhor assim. Mas se me perguntassem qual é a pior parte de crescer eu diria que é isto mesmo. Tentar encaixar como é que no mesmo corpo, com o mesmo andar, mesma voz, expressão e riso vivem duas pessoas diferentes de quem tenho memória: uma que conhecia bem e que quem gostava e outra, cujas atitudes e reações já não reconheço e que não me diz nada.</div>
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Tenho umas sessenta e tal publicações em rascunho. Algumas já nem devem fazer sentido por esta altura. Tenho todas essas publicações para acabar de escrever ou para mandar para o lixo e nunca publiquei tão pouco. A ironia. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fora isto, tenho estado a pensar que deveria documentar as coisas parvas que já fiz na vida. Do género histórias nonsense, daquelas que, de tantas vezes que foram contadas, já se tornam lendas urbanas daquelas que se contam à lareira. Ok, estou a exagerar. Mas há uma dessas histórias que é contada vezes sem conta em cafés com amigos e jantares de família, e isso gera uma cadeia de pessoas que me acham um bocado palerma. Basicamente, uma vez estava na fila do super mercado para comprar pão. E tinha de comprar seis pães de um determinado tipo. Quando chegou a minha vez, disse que queria "seis bolas da aldeia". E a senhora respondeu "só tenho cinco". Ao que o meu cérebro, no nano segundo que demorou a ponderar, respondeu muito depressa "então ponha quatro". Eu juro que não tenho nenhum síndroma dos números pares (só aquele de não saber distinguir a direita da esquerda) e não estava com o troll mode activado. Foi só o meu cérebro, que decidiu ser um parvalhão e envergonhar-me. Mas pronto, a senhora ficou com uma cara de que eu merecia levar umas tapas para ver se acordava e depois olhou para o meu namorado, que lhe disse que podia pôr as cinco. Ainda hoje não consegui voltar a pedir pão no balcão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou a gozar, já comprei mais pão no balcão depois disso, mas a sério, porquê cérebro. Porquê.</div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-36890826374247114242015-06-14T00:30:00.001+01:002015-06-14T00:30:21.674+01:00in other news<div style="text-align: justify;">
Também fui à feira do livro. E embora tenha sentimentos contraditórios em relação a isto, encontrei por lá um livro que quero ler, eventualmente. E não é por concordar com o autor ou apoiar (pelo contrário) o que deve estar lá escrito. Não tenho sequer uma razão que o justifique, é apenas pela curiosidade em lê-lo. Estou a falar do livro "A Minha Luta" que apareceu à minha frente numa das bancas de alfarrabistas, embalado e com aspecto velho. Li há uns tempos que este ano os direitos de autor acabam, logo o livro passa a ser do domínio público, o que se traduz no facto de qualquer editora poder pegar no mesmo e reeditá-lo. Isto na teoria. Se é um livro de reedição proibida desde a segunda guerra mundial não me parece que vá ser assim tão simples ou sequer permitido. Quando vi essa notícia pensei "é só um livro", mas na verdade, não é. É só um livro que contribuiu para um dos acontecimentos mais negros da história da humanidade e que ainda hoje é lido e citado por pessoas que acham isso correcto. É só um livro para quem sabe os factos e as meias verdades usadas para justificar uma doutrina errada, mas isso não é uma realidade para toda a gente. Por isso, concordo com a ideia de haver uma edição com anotações sobre o que está escrito no livro, de forma a desmistificar e clarificar que o que lá está escrito não é correcto e não justifica nada. Teria o livro com as tais anotações. Mas não deixou de ser um bocado estranho vê-lo ali, ainda para mais sendo a edição portuguesa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fora isso, se no ano passado foi preciso um travão para me impedir de levar monte de livros, desta vez encontrei um dos que queria e de resto 'meh. Foi impressão minha, ou este ano eram menos os alfarrabistas e mais editoras? Foi o que me pareceu. Ainda assim, encontrei o Ano da Morte de Ricardo Reis e por isso saí feliz.</div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-37776011881473261742015-06-13T16:13:00.003+01:002015-06-13T16:13:34.800+01:00these days<div style="text-align: justify;">
Esta semana tive uma apresentação do projecto. Haviam muitas coisas que poderiam ter corrido mal. Poderíamos ter ensaiado muito mais e ter o projecto mais avançado. Também por isso passei o tempo todo a oscilar entre o pensamento de que deveria ter calma porque "é o meu projecto, é a minha ideia, não há pergunta nenhuma que me possam fazer para a qual fique parada sem saber a resposta", e a sensação de querer desatar a correr dali para fora porque "e se não conseguir, e se me esquecer do que tenho para dizer, e se o projecto não valer nada". Acontece que correu bem, quem assistiu até gostou (sem contar com o professor que andou a semana toda a querer lixar-nos a apresentação) e que o tema interessou alguns que até vieram falar connosco no final a tentar saber mais e a dar sugestões. Nunca me tinha acontecido ter pessoas a virem falar comigo sobre uma ideia que tive. Não é um big deal, mas como tento não ter muitas expectativas sobre estas coisas, é sempre bom quando o resultado é melhor do que eu estava à espera. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div style="text-align: center;">
E sim, durante o tempo que antecedeu a apresentação de projecto desejei que algo deste género acontecesse. </div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-15197790546839605822015-05-31T23:00:00.003+01:002015-05-31T23:00:59.113+01:00do more<div style="text-align: justify;">
Analisando de maneira crítica tudo o que fiz durante os anos que passaram, principalmente os mais recentes, fiz tudo o que poderia ter feito com o que tenho, sei e sou? Não. Não parei, mas não fiz mais do que os mínimos. Às vezes até fiz menos. E não admito isto com tristeza ou nostalgia, foi assim e agora não há nada que possa fazer para remendar o que passou, ou voltar atrás e reciclar esse tempo em que deixei andar ou andei em velocidade de cruzeiro. É assim e agora só posso começar a caminhar mais depressa e ir aumentando a velocidade até começar a correr. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há coisas que me assustam nisto de andar devagar. Por exemplo, eu quero ser mais do que um canudo, mais do que notas na pauta. Quero saber mais do que aquilo que espero um dia saber profissionalmente. E quero ser competente em coisas tão dispares como filmar, cozinhar, cultivar, conduzir, costurar ou falar outras línguas. Gostava de saber fazer o máximo que puder para não ter que um dia pedir ou pagar a alguém que o faça por mim. Principalmente se essas coisas forem algo que me interessa aprender e que me sejam úteis mais do que uma vez. E a aprendizagem, seja do que for, só é feita quando se dedica tempo à mesma. Tempo esse que por preguiça, falta de organização e típico "fica para amanhã" vai passando e sendo desperdiçado. O "não tenho tempo" serve de desculpa para muita coisa. E se é verdade que existe o sentimento de culpa quando se está a fazer algo que não tem assim tanta prioridade em detrimento do que se devia fazer primeiro, na verdade desde que esteja a fazer alguma coisa que contribua para os meus objectivos, mesmo aqueles menos prioritários, já é bom. Mas perder tempo não fazendo nada, ocupando-o com algo que não vai tornar melhor a minha vida e que só serve para entreter ligeiramente, é como jogar Sims e pôr o boneco a ver televisão para aumentar o seu humor sem que isso contribua para aumentar nenhuma das suas skills.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso, espero daqui a uns tempos voltar a ler isto e não me reconhecer. Espero ter feito alguma coisa todos os dias, seja ela significativa a nível profissional ou não. Espero ter dito que "sim" e "vamos" mais vezes. Espero ter aproveitado o tempo para fazer mais.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div style="text-align: center;">
<b>Casey Neistat</b></div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-56406255277934126012015-05-26T13:25:00.002+01:002015-05-26T14:06:02.196+01:00these days<div style="text-align: justify;">
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<![endif]--><span style="font-family: inherit;">Isto anda ao abandono e a verdade é que nem existem grandes razões para isso. Acho que são fases e por agora não me tem apetecido vir aqui. Até tinha algumas coisas para dizer, por exemplo, tenho pensado bastante nestas coisas do querer ganhar dinheiro com profissões menos convencionais, como blogger ou youtuber. Eu não pertenço ao grupo de pessoas que só considera profissões aquelas que passam por ser engenheiro, advogado, médico, professor, e por aí além. Acho que hoje em dia é burrice pensar que trabalhos que não existiam há uns 10 anos atrás, como ser youtuber ou viner (nem sei se esta definição existe) não dão em nada e daqui a uns anos ninguém sabe o que é isso. E acredito que essas profissões ou ocupações vão continuar a existir porque aparecem constantemente novas redes sociais e novas aplicações de produção de conteúdos. E quem está nesse meio e é reconhecido por isso apenas se vai actualizando e comutando para essas novas ferramentas, com a vantagem de levarem uma legião atrás para onde quer que vão, coisa que não têm que construir de novo. Mas isso é se tiverem esse mesmo conjunto de pessoas que os admiram e lhe acham piada por alguma razão, ou que apenas gostam do seu conteúdo. E que é aí que, para mim, começa a falha: acho que não se consegue ser youtuber, blogger, snapchater, viner, etc, apenas se querendo muito e gostando do que se faz. E não há curso nenhum neste mundo em que baste frequentá-lo para se tornar instantaneamente alguém que apeteça aos outros seguir. Da mesma forma que não é principalmente um design bonito que vai fazer alguém seguir um blog. E um vídeo feito para ser viral pode nunca o chegar a ser, enquanto outro que parece ser a coisa mais tosca e simples é partilhado por todo o lado. Não há fórmula mágica que faça alguém ser admirado ou seguido, ou produzir determinado conteúdo popular. E sem seguidores ou reconhecimento não acho que se consiga ter notoriedade suficiente que possa resultar em algum lucro ou oportunidade.<br /> </span><br />
<span style="font-family: inherit;">O que me faz seguir uma pessoa é sentir que ela não começou por fazer aquilo que admiro ou gosto de ler (ou ver) para ganhar dinheiro com isso. Acho que se uma paixão ou um hobby começa por ser algo imediatamente direcionado para quanto é que se vai tirar dali daqui a uns tempos, está logo à partida errado. Primeiro, porque nem sempre os melhores são os mais conhecidos e os que chegam a mais pessoas. Segundo, porque se está a pensar não naquilo que se gosta realmente, mas no que os outros gostam, de forma a agradar a mais gente. Chamem-se esquisita, mas eu prefiro quem tem a atitude de "olhem é isto que sou, é isto que eu gosto de fazer e não me importo desmesuradamente com o facto de ter muitos seguidores ou muitas partilhas" do que quem, por outro lado, está constantemente a apregoar "produzi este conteúdo a pensar em vocês/ para vocês/ porque vocês parecem gostar mais disto". Não, meu. Para cenas comerciais existem os anúncios de televisão.</span></div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-20883772590445689292015-05-15T00:23:00.000+01:002015-05-15T00:28:57.405+01:00piss me off<div style="text-align: justify;">
O assunto do "corpo perfeito" ou das pessoas magras também sofrerem com os comentários sobre a sua forma física já foi mais que batido e debatido. Mas o que me irrita mesmo é quando alguém dá bitaites sobre o que a outra pessoa devia vestir ou não com base na sua forma física. E começo por dar o exemplo do que já se passou comigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No secundário, uma miúda minha colega que era um bocado mais cheinha e tinha aqueles complexos de ter as pernas gordas (ou lá o que ela pensava) numa aula diz-me "com as tuas pernas, não percebo como nunca usas calções". Na altura fiquei a pensar de onde é que aquela veia fashionista tinha saído. Mas mais tarde, what the hell! Eu tinha 1.60m e pesava uns 48 kg, e como tinha um metabolismo que me deixava enfardar tostas cheias de queijo todos dos dias ao lanche e manter a "forma" apenas com duas aulas de Educação Física por semana, era magra, vá. Mas isso não queria dizer que tivesse que andar a "mostrar a perna" ou a passear todos os dias de saia/vestido/whatever no Verão. Também não tenho quase peito nenhum e o meu nariz é grande, isso quer dizer que deveria usar gola alta e um saco na cabeça? Noutra ocasião, e porque andava muitos dias de leggings (são confortáveis e eu gostava, além disso tinha a consciência da equação leggings NOT EQUALS calças), uma outra colega minha disse "mas tu agora andas sempre vestida assim?...". Crime enorme. Não tinha percebido só podia usar leggings uma vez por semana. Por fim, recentemente a colega da minha mãe comentou com ela "aí, se eu tivesse o corpinho da sua filha andava sempre a chateá-la para ir às compras". Então amiga, porque vai vai "você"? Conclusão, tenho obrigatoriamente que cumprir alguns requisitos para agradar a toda a gente: a) adoraaaar ir às compras e ter mil e quinhentas peças de roupa; b) mostrar o máximo de pele possível porque "tenho corpo para isso"; c) não vestir o que me apetece e o que me é confortável, porque me estou a repetir e não é da moda. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Queridas, LET IT BE! Eu admito que também já fui uma bitch e me preocupei demasiado com o que as pessoas vestiam ou não: se era de marca, quantas peças tinha da Rulys, essas coisas todas. Ainda hoje acho fixe ir às compras e na alturas dos saldos penso sempre que vou ser mais esperta que toda a gente e encontrar a tal peça a 1 euro (nunca acontece). Mas da mesma maneira que não quero saber se determinada rapariga ou rapaz tem um corpo ao qual assenta melhor um tipo de roupa, também não estou interessada em palpites alheios sobre o que hei-de vestir. Principalmente os que são baseados no corpo que tenho ou não. Até porque às vezes nem eu me preocupo com o que tenho vestido. </div>
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Se gostam de uma coisa, usem-na. Que se lixem se fica bem se se sentirem bem com ela e se gostarem. Não dêem é conselhos grátis desses a quem não os solicitou e a quem está a ter um óptimo dia de calças de ganga, com a t-shirt de há dois anos atrás e ténis que não vêem água há mais de 6 meses.<br />
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<a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/37/ba/6a/37ba6acdbaaea4d2b514833fa8c17fb2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/37/ba/6a/37ba6acdbaaea4d2b514833fa8c17fb2.jpg" /></a></div>
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mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-55131872652540786802015-05-14T23:25:00.002+01:002015-05-14T23:25:35.369+01:00efeito cebola-súbita<div style="text-align: justify;">
Deram-me umas quantas fitas para escrever, e como não sabia bem o que é suposto se escrever nestas coisas, comecei a escrever como se fosse uma carta. Sei que a maioria escreve sobre os momentos que passaram juntos e deseja boa sorte, e eu também fiz isso. Mas gostava que nas minhas fitas escrevessem uma coisa mais pessoal, por isso em quase todas escrevi o que aprendi com essa pessoa, ou o que consegui graças a ela. Não tive que puxar muito pela cabeça. Por exemplo, lembrei-me que um dos meus colegas e amigos mais próximos da faculdade sempre me incluiu nas coisas dos rapazes. Num curso onde o rácio de raparigas e rapazes é por volta de 1 para 10, ainda existiam muitos que achavam que só podiam ser "eles mesmos" rodeados de outros do seu género. Que uma miúda só ia ter conversas de miúda, e que como não era para engatar ou não tinha nenhum interesse particular para eles, nem valia a pena ligar. Pois bem, esse meu colega foi um dos que se lixou para o que os outros pensam, mais às convenções e tudo mais, e me disse sempre: "vem connosco jogar matrecos" ou "anda, vamos almoçar". Incluía-me sempre. Ao mesmo tempo sei que fazia as coisas de maneira a não parecer que tinha pena de mim. Fazia como se eu fosse indispensável, chateava-me a cabeça para ficar na equipa dele, e insistia mesmo quando eu encolhia os ombros, dizendo "falta-nos um elemento para jogar, anda lá". De certa maneira, fez com que todos os outros me vissem a mim e às outras miúdas, como colegas fixes, e não como seres estranhos. </div>
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Fiquei tão maricas ao escrever essa fita que tive que ir apanhar ar porque senti um cheiro súbito a cebola. Quando voltei, até escrevi um excerto de uma música do Regula no resto da fita para ver se o efeito da cebola passava. Soube que ele também tinha sentido o mesmo ataque da cebola quando veio falar comigo hoje, depois de ler a fita. Andam mesmo umas cenas estranhas no ar por esta altura.</div>
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mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-66830508837825640302015-05-11T18:18:00.000+01:002015-05-11T18:18:36.515+01:00memória de peixe<div style="text-align: justify;">
Eu sei que não é muitas vezes benéfico, mas eu só tenho memória a longo prazo em coisas parvas. Lembro-me, por exemplo, do meu primeiro dia na faculdade. Praticamente na integra, até me lembro do que tinha vestido. Lembro-me das primeiras impressões que tenho das pessoas (que são praticamente sempre "olha, esta pessoa parece ser fixe"). Mas depois não me lembro de ficar chateada com algumas cenas, ou de amuar com algo que o merece. E é verdade é que, para mim, dá mais trabalho guardar grandes rancores sobre alguma coisa do que esquecer a mesma e passar à frente. O trabalho que dá remoer e remoer em cenas e tomar aquelas notas mentais para ficar de trombinhas com alguém, ou de levar tudo demasiado a sério. Eu sei que é necessário, porque não há paciência para os bananas-aceitam-tudo desta vida. Mas às vezes guardar as coisas más durante um longo período de tempo faz com que no final já nem se saiba bem porque se chateou e porque tomou proporções tão grandes.</div>
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Por isso, é provável que, por muito triste que fique com alguém, passado uns tempos não tenha uma memória tão nítida disso. É normal que se pedirem desculpa e se justificarem, eu ponha as coisas para trás. Ou até que, se passar tempo suficiente, as coisas sarem sozinhas e que eu não me lembre tantas vezes. E que volte a ser (quase) tudo como antes. Há meia dúzia de notas mentais que não me esqueço. Mas de resto, para quê ter memória de coisas que já se passaram há tanto tempo e que já não têm importância?</div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-39209858255357303782015-05-10T01:38:00.006+01:002015-05-10T01:51:39.367+01:00congelar o tempo<div style="text-align: justify;">
Raramente fico com aquela sensação de que deveria ter dado mais valor a alguém ou que penso "devia ter aproveitado mais tempo para estar com esta pessoa". De vez em quanto faço asneira e por vezes mudo e os outros também, o que nos leva a distanciarmos-nos de quem foi importante, mas todos os dias fico feliz pelas pessoas que conheci e pelas que tenho ao meu lado. Não estou constantemente a declarar um "gosto muito de ti" ou a dizer obrigado por "cada momento", mas sinto-me de facto agradecida por pelas pessoas que vou conhecendo e que vão ficando. Estou grata pelo irmão que tenho. Pelo meu namorado. Pelas minhas "gordas", os dois melhores amigos que encontrei na faculdade. E por outras quantas pessoas de quem não sou tão próxima, mas de quem gosto muito porque me fazem rir e me deixam à vontade para ser a Maria Tosca que sou. </div>
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Não gosto de ler nem de ouvir "poucos mas bons" no que diz respeito aos amigos ou pessoas próximas, porque fico sempre com a sensação que se estão a justificar por não terem uma multidão de pessoas à sua volta. Acho que o objectivo deve ser mais "ter por perto os que são bons", porque de outra forma, para quê perder tempo com pessoas de quem não gostamos? Não percebo porquê de, mesmo quando parece que estão a ligar à qualidade, vêm com o "poucos" mais uma vez a quantificar. </div>
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Isto tudo para dizer que, mais uma vez, sei como as coisas vão mudar este ano. Foi assim do secundário para a faculdade, vai ser assim da faculdade para o resto da vida. Mas se houvesse uma maneira de congelar alguns dias ou algumas rotinas das quais sinto saudades ou sei à partida que vou sentir a falta de forma a puder voltar a esses dias de vez em quando, congelaria quatro.</div>
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A primeira rotina a voltar seriam as brincadeiras com os meus primos durante o verão quando éramos miúdos. Qualquer dia em que fizéssemos casas na areia, houvessem idas à piscina, voltas de bicicleta, jogos de escondidas e o quarto escuro.</div>
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A segunda seria a rotina de ir para a escola no 9ºano, com o meu irmão a bater a porta de casa, não sem antes gritar "vais perder o autocarro!", coisa que só não acontecia porque o motorista era uma jóia e esperava por mim. Qualquer dia em que entrasse no autocarro rumo à minha escola preferida, com um lugar guardado pelas minhas amigas, qualquer dia em que fossemos ao café antes das aulas e depois fizéssemos tempo a jogar ping-pong até a campainha tocar, qualquer dia que passasse naquela escola e voltasse de novo no mesmo autocarro ao final da tarde, era um bom dia para viver outra vez.</div>
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O terceiro dia que ao qual gostava de voltar, de maneira simples, seria o dia em que dei uma cabeçada ao meu namorado ao tentar beijá-lo pela primeira vez.</div>
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A quarta e a última rotina seriam as viagens de ida e volta da faculdade com os meus amigos. Seja de comboio ou às vezes de carro, os melhores tempos que passei com eles foram durante estas viagens de cerca de uma hora. Foi durante as mesmas que passámos de estranhos a amigos. É quando venho apenas com um deles que falamos de coisas mais sérias, e é também nestas viagens que importunamos as outras pessoas rindo muito alto e sem razão aparente. Ainda existem umas quantas viagens até ao final, mas não me imagino alguma vez a fazê-las sem ter saudades dos meus dois colegas e do tempo em que estavamos juntos todos os dias. </div>
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Era tudo isto que eu congelava para voltar outra vez. </div>
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<a href="http://favim.com/orig/201106/29/film-film-still-forever-harry-potter-movie-the-prisoner-from-azkaban-Favim.com-87470.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://favim.com/orig/201106/29/film-film-still-forever-harry-potter-movie-the-prisoner-from-azkaban-Favim.com-87470.jpg" height="264" width="640" /></a></div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-7540689312860462932015-05-07T01:36:00.001+01:002015-05-07T01:36:44.071+01:00<div style="text-align: justify;">
Ultimamente tenho-me sentido um bocado como o Harry Potter em frente ao espelho dos invisíveis. Não em termos do mesmo desejo que ele tinha, em voltar a ver os pais. Mas si como o Ron, que via tudo aquilo que queria ser. O que quero também está mesmo ali, do outro lado. E falta tão pouco. Contudo não consigo concentrar-me nisso, ou esforçar-me o suficiente nesse sentido. Já queria estar noutra fase, a fazer outras coisas, e por muito pouco que falte, esse pouco parece tão distante. Não sei bem explicar, mas noto que me tem acontecido frequentemente estar focada em algo que não tem prioridade agora mas que parece tão melhor do que o que tem importância neste momento. Quando quero fazer uma coisa, tenho sempre outras mais importantes à frente, às quais tenho que me dedicar. Quando chega a altura de fazer o que queria, o entusiasmo esmoreceu e a motivação foi em parte embora ou apenas deixam de fazer sentido. Estou constantemente a fazer as coisas erradas no tempo certo para outras que gostaria mais de fazer. E odeio pensar que não estou no presente, nem em tempo algum. Mas algures presa na ideia do que gostava de ser e de ter.</div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-66771445650684009902015-04-30T01:45:00.002+01:002015-04-30T01:47:38.617+01:00lately (parte 2)<div style="text-align: justify;">
No no outro dia lembrei-me que faltavam quatro (quatro!) meses para andar num avião pela primeira vez para visitar a cidade que sempre esteve em primeiro lugar na lista dos "sítios que quero visitar". Dei uma chicotada psicológica a mim mesma por não andar motivada e super activa a fazer coisas quando me ofereci esse presente como recompensa do esforço que deveria estar a fazer nesta altura. </div>
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Preciso deste vídeo a tocar incessantemente na minha cabeça por cada vez que a tarefa mais importante que me ocorre é arrumar o quarto em detrimento das outras 29842 coisas para fazer mais importantes do que isso. São as minhas prioridades e os "só mais cinco minutos" de manhã, que depois passam a 10, 15, and so on.</div>
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mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1821112136847592523.post-63570976872469914622015-04-30T01:24:00.003+01:002015-04-30T05:38:30.876+01:00lately<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Depois de muita pesquisa, muitos vídeos vistos sobre o assunto, reviews lidas, muitos "esta é a melhor", "afinal não, quero esta que tem mais isto", "esta era a que mais queria, mas não vou dar esse dinheiro por isso", achei, finalmente, a máquina fotográfica que melhor se adequa ao quero (e ao que queria gastar). Tenho andado todos os dias com ela na mala (é uma compacta) e para dizer a verdade, ainda não tirei muitas fotografias nem fiz muitos vídeos com ela. Pareço aquelas pessoas de mais idade que têm medo de carregar numa determinada tecla por pensar que vai estragar ou formatar o computador. No meu caso, não tenho medo de mexer na máquina, mas sim do produto final que pode não ser o que idealizei. E se não sai como quero? E se não usei os modos certos, ou se não sei a maior parte das coisas mais básicas e não estou a conseguir a melhor fotografia/filmagem que podia com o equipamento que tenho? E se simplesmente, não tenho mesmo jeito e mal-empregado-dinheiro?</div>
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Acho que como tudo o que acontece, ao ínicio sou horrível a fazer alguma coisa nova. Já devia saber isto porque é sempre assim, e acontece em geral com toda a gente. Mas até me espanto como, por vezes - na fotografia e não só -, uma ideia que parece tão boa, na execução é tão podre. Prefiro o espanto de quando é ao contrário. </div>
mariehttp://www.blogger.com/profile/06557356108805329748noreply@blogger.com4