things i don't give a damn

O Carnaval é uma delas. Quando era miúda, na minha terra era hábito os mais novos reunirem um grupo de mascarados (ou entrudos como por lá se diz) e ir porta a porta mostrar os seus disfarces. As pessoas divertiam-se a adivinhar quem éramos por baixo das máscaras e disfarces, e no fim ainda nos davam algumas moedas ou doces, um bocado à semelhança do dia dos bolinhos. Houve um ano em que uma vizinha me emprestou seu o vestido de casamento para que eu pudesse ser uma scary bride e esse deve ter sido um dos meus disfarces preferidos (porque sou e sempre fui uma maricas com vestidos compridos). Na maior parte dos anos vesti-me de princesa, houveram dois anos nos quais encarnei uma bailarina, fui também uma pêra (??) e mas o meu disfarce mais épico de sempre foi feito pela minha mãe (a sorte de ter uma mãe costureira) que me fez um vestido de sevilhana do qual toda a gente gostou tanto que ainda hoje encontro fotografias minhas do Carnaval desse ano nos álbuns da minha família e vizinhos lá da terra. Concluindo, eram três dias em que corríamos a nossa terra e as terras vizinhas e que culminavam quase sempre no último dia com uma luta de balões de água em minha casa.

Mas hoje em dia, meh, já não me diz nada. Uns tempos antes do Carnaval ainda penso que era giro ser por um dia a personagem que mais gostei de um livro qualquer que tenha lido ultimamente, mas a bem da verdade não fico entusiasmada ou com planos nesta altura. O meu conceito de carnaval não é de todo o importado do Brasil que tanto se vê ultimamente por cá e o espirito também mudou. Posso voltar a achar piada um dia, mas por agora é indiferente. 

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