Desde que me lembro todas as minhas brincadeiras de infância foram feitas
perto de baloiços. No jardim-de-infância e até ao quarto ano, estava em todos
os intervalos na fila para o baloiço. Nos parques infantis era a primeira coisa
onde tentava andar se estivesse vago. Depois os meus pais ofereceram-nos um
baloiço com três lugares e as nossas férias de verão começaram a ser passadas
naquele cantinho com areia à volta. Entre tudo o que inventávamos para brincar
existiam também as competições de baloiço: tentar ver quem chegava mais alto,
quem conseguia chegar com o pé ao toldo que o cobria, quem se aguentava mais
tempo suspenso nas traves que o sustentavam. E foram as melhores brincadeiras
que podíamos ter tido, mesmo quando aterrávamos de joelhos ao saltar o baloiço
em movimento.
No verão antes de entrar para a faculdade andei praticamente todos os dias
de baloiço. E não foi um balançar daqueles em que apenas se está sentado com os
pés no chão, foi mesmo andar o mais alto que pude, com o cabelo a ficar para
trás no balanço para a frente, e a cair na cara quando se volta a balançar no
outro sentido. Esse verão não foi propriamente o mais feliz que já passei, mas durante
o tempo em que ficava a andar e a cantar Arcade Fire o mais alto que podia, não
pensava em mais nada.
Nunca percebi o medo que os mais velhos tinham em andar de baloiço tão alto
como nós, crianças, e agora que também sou "mais velha" continuo sem
perceber. Mesmo trazendo mais nostalgias que outra coisa qualquer, continua a
ser uma sensação boa. Principalmente se for feito da mesma maneira daquele
verão.
também adorava andar de baloiço!
ResponderEliminarJá não ando de baloiço há imenso tempo e este texto deixou-me cheia de vontade de o fazer :)
ResponderEliminarEu adorava andar de baloiço e continuo a dar. Dá uma sensação única de liberdade.
ResponderEliminarTambém gostava imenso de andar de baloiço e fazia as mesmas competições. Os meus avós tinham uns baloiços feitos à mão lá em casa, pendurados nas árvores do terreno, ficavam virados para um buraco de silvas mas eu não tinha medo e voava o mais alto que conseguia. Que memórias me fizeste recordar... :)
ResponderEliminar